Com o tempo este blog acabou por cair no esquecimento, mas ainda estou viva e ando por cá 👵
Assim do nada, nestes anos de silêncio, já escrevi dois livros, o primeiro escrevi de rajada a contar a história do salvamento do meu querido cavalo Zambujo, o maior presente que o universo me resolveu dar e que, 7 anos depois da sua turbulenta chegada, ainda está aqui comigo e espera-se que ainda por mais uns bons tempos. Quem diria, uma pessoa sai de manhã para ir beber um café e volta com um cavalo que tinham abandonado, pele e osso, numa situação muito complicada. Acabou por correr bem e está cá em casa e dessa história absolutamente intensa, nasceu o meu primeiro livro O Resgate do Zambujo, porque foi de facto um intenso resgate.
Depois, já este ano e não é que não esteja a escrever outras coisas, porque desde a 3ª classe que as escrevo de rajada, em conversa com uma amiga, resolvi seguir a sua sugestão e publicar os textos do velhinho fetal-blog e mãos à obra, nasceu outro livro Diários de Uma Gravidez de Alto Risco.
O primeiro livro, publiquei com uma editora. Pelo que entendo, é gerida por brasileiros que migraram para Portugal mas estabeleceram raízes em Espanha e apesar do processo ter corrido relativamente bem, estaria a mentir se dissesse o oposto, tenho de confessar que não fiquei inteiramente satisfeita, pelo que, este segundo livro, optei por publicar pela Amazon que me dá a liberdade de outros jogos de cintura.
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| Capa do e-Book |
Um desses jogos de cintura, como ironizo, é publicar em formato e-Book e em livro físico, de capa mole e até de capa dura.
| Capa do livro |
As capas criei com a aplicação fornecida pela KDP da Amazon, escolhi uma rapariga bonita, com ar algo cansado e despenteada. Acho que se adequa muito sinceramente.
Também não fiquei contente com o seguimento dado ao primeiro, nada de feiras de livro, nada de enviar exemplares para as bibliotecas nacionais nem de Portugal, nem de Espanha, como o primeiro foi publicado por uma autora independente de Portugal em Espanha, nem sequer é obrigatório, mas também não lhes custava por aí além, até porque registar um livro na Biblioteca Nacional de Portugal é gratuito, em último caso teriam de enviar 11 exemplares, mas sendo independente, nem disso tinham necessidade. Acabei eu mesma por fazer esse registo, tendo enviado apenas um PDF para a Biblioteca já que acho importante que esses registos existam, seja quem for o autor.
Quanto ao segundo, fiz eu mesma esses registos, Biblioteca Nacional de Portugal, IGAC para autora e obra, ISBN para livro físico e para e-Book, tudo perfeitinho e devia ser sempre assim... O primeiro livro, por enquanto, não tem registo no IGAC, sendo que esse registo funciona de um modo semelhante a uma patente.
Quanto a este último, confesso que não estou a fazer grandes publicidades. É algo bastante íntimo, que acho que deve ficar registado, merece esse registo e mais nada, sem grandes confusões à volta.
Escrevi sob Pseudónimo, construído a partir de partes do meu nome, troquei os nomes todos à história original, que mesmo assim se manteve. Nessa altura tinha imensos leitores, mas era uma época em que nada de redes sociais e por aí fora, era outro mundo suponho.
Seja como for, está disponível e pronto, assunto arrumado, mais um assunto arrumado na minha vida.
Entretanto amanhã, ao fim de dois anos após a ter solicitado, vou finalmente à reavaliação da Junta Médica. Antigamente era rápido, mas desde os tempos do COVID que está absolutamente atrasado e enfim, vamos ver como corre. Pelo que me foi dado a entender aumentaram para 67% de deficiência, já dá para seguir a minha vidinha de um dia de cada vez.
A Esclerose Múltipla está mais ou menos na mesma, uns dias melhores e outros piores e assim segue, não tem cura mas também ainda não cheguei a ficar em cadeira de rodas (às vezes, certos dias pouco falta), e ou cega.
Resta continuar que para a frente é o caminho.
Carla




